DEMOCRATIZAÇÃO DA LINGUAGEM SIMPLIFICADA NO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO, TECNOLOGIA E MÉTODOS CONSENSUAIS
DOI:
https://doi.org/10.62248/g32ams28Palavras-chave:
linguagem simples; acesso à justiça; democracia comunicativaResumo
A adoção da linguagem simplificada adotada pelo Poder Judiciário brasileiro representa um marco institucional para os operadores de direito e para população. Desde a Lei 9.099/1995, passando pela Resolução nº 125/2010, até chegar ao Pacto Nacional pela Linguagem Simples e à obrigatoriedade legal de 2025, observa-se um processo gradual de democratização comunicacional. Este artigo investiga como a linguagem clara, didática, com métodos consensuais e tecnologias digitais, reconfigura padrões de legitimidade, transparência e racionalidade democrática no sistema de justiça. A pesquisa utiliza abordagem qualitativa documental, análise normativa, revisão bibliográfica e estudo de caso do NUPEMEC/TJPR e do TJPRlab. Conclui-se que a linguagem simples atravessa as dimensões comunicativas, epistemológicas e democráticas, ampliando compreensão, participação cidadã e confiança institucional. Trata-se de um vetor de transformação estrutural, não meramente estilística.
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