A JUSTIÇA EM NÃO ME ABANDONE JAMAIS. QUANDO A ARTE ENSINA DIREITO

Autores

  • José Ricardo Alvarez Vianna Autor

DOI:

https://doi.org/10.62248/mxs0ex03

Palavras-chave:

Ensino jurídico; Literatura; Justiça; Pedagogia do Direito; Epistemologia jurídica.

Resumo

No artigo, a arte é defendida como valioso instrumento pedagógico no ensino jurídico. Utilizando o romance e filme Não Me Abandone Jamais, demonstra-se que o conceito de justiça, longe de ser absoluto, é moldado por referenciais éticos, históricos e culturais. A obra exemplifica a dicotomia entre utilitarismo e ética kantiana da dignidade, evidenciando como diferentes perspectivas ético-filosóficas podem conduzir a soluções opostas. Literatura e cinema, ao retratarem a dinâmica da vida social, permitem ao observador captar tensões e contradições de inúmeros aspectos jurídicos, além de proporcionarem uma formação humanística mais sólida.

Biografia do Autor

  • José Ricardo Alvarez Vianna

    Desembargador Substituto no Tribunal de Justiça do Paraná. Doutor em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL). Mestre em Direito Negocial pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Professor da Escola da Magistratura do Paraná (EMAP), da Escola Judicial do Paraná (EJUD-PR) e da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM). Autor de livros e artigos jurídicos.

Referências

CAMUS, Albert. O estrangeiro. Tradução de Valerie Rumjanek. Rio de Janeiro: Record, 2019.

DEWEY, John. Art as experience. New York: Minton, Balch & Company, 1934.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Crime e castigo. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Ed. 34, 2001.

ESTADOS UNIDOS. Declaration of Independence. Philadelphia, 4 jul. 1776. Disponível em: https://www.archives.gov/founding-docs/declaration-transcript. Acesso em: 23 jun. 2025.HUGO, Victor. Os Miseráveis. Tradução de Frederico Ozanam Pessoa de Barros. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

ISHIGURO, Kazuo. Não me abandone jamais. Tradução de Beth Vieira. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

JOHNSON, Mark. The body in the mind: the bodily basis of meaning, imagination, and reason. Chicago: University of Chicago Press, 1990.

KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes e outros escritos. Tradução de Antônio Pinto de Carvalho, Lisboa: Companhia Editora Nacional, 1964.

NUSSBAUM, Martha C. Poetic justice: the literary imagination and public life. Boston: Beacon Press, 1997.

RAWLS, John. Uma teoria da justiça. Tradução de Almiro Pisetta e Lenita M. R. Esteves. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

ROMANEK, Mark (Diretor). Never Let Me Go. Estados Unidos/Reino Unido: Fox Searchlight Pictures, 2010. 1h43 min.

ROSCH, Eleanor. Principles of categorization. In: ROSCH, Eleanor; LLOYD, Barbara B. (Eds.). Cognition and categorization. Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates, 1978.

SANDEL, Michael J. Justice: What’s the right thing to do? New York: FSG, 2009.

SCHACTER, Daniel L. The seven sins of memory: how the mind forgets and remembers. Boston: Houghton Mifflin Harcout, 2021.

Publicado

07.10.2025

Como Citar

VIANNA, José Ricardo Alvarez. A JUSTIÇA EM NÃO ME ABANDONE JAMAIS. QUANDO A ARTE ENSINA DIREITO. REVISTA JURÍDICA GRALHA AZUL - TJPR, [S. l.], v. 1, n. 30, 2025. DOI: 10.62248/mxs0ex03. Disponível em: https://revista.tjpr.jus.br/gralhaazul/article/view/222.. Acesso em: 12 out. 2025.