“UM MUNDO CHEIO DE PREÁS”: INFÂNCIA, MIGRAÇÃO E JUSTIÇA NA TRILHA DE VIDAS SECAS

Autores

  • Fabiane Kruetzmann Schapinsky Autor
  • Amanda Magalhães Lopes da Cruz Autor
  • Danilo Seródio de Oliveira Autor

DOI:

https://doi.org/10.62248/v6p2v364

Palavras-chave:

Vidas Secas; migração forçada; conflitos fundiários; Comissões de Soluções Fundiárias; justiça social.

Resumo

O artigo analisa a obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, como objeto literário que reflete e denuncia desigualdades sociais, migração forçada e omissão estatal. O objetivo é correlacionar as experiências da família de Fabiano com contextos contemporâneos de conflitos fundiários. Utiliza como método a análise interdisciplinar, conectando literatura, casos jurídicos e políticas públicas, além de exemplos reais como a história da criança Cibele e o Massacre de Eldorado dos Carajás. Conclui que, embora o Estado historicamente tenha sido agente de opressão, iniciativas como as Comissões de Soluções Fundiárias representam um avanço no tratamento humanizado e estruturante dos conflitos, apontando caminhos para uma justiça social mais efetiva.

Biografia do Autor

  • Fabiane Kruetzmann Schapinsky

    Juíza de Direito do Estado do Paraná e Professora de Prática Cível pela Escola da Magistratura do Estado do Paraná (EMAP).Graduada em Direito (2002) e pós-graduada em Direito Aplicado (2004).

  • Amanda Magalhães Lopes da Cruz

    Assessora de Juiz de Direito no Tribunal de Justiça do Paraná. graduada em Direito (2015), especialista em Direto do Estado (2018) e Direito Processual Civil (2021)

  • Danilo Seródio de Oliveira

    Assessor de Juiz de Direito no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. graduado em Direito (2015) e pós-graduando em Direito Tributário.

Referências

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Publicado

14.08.2025

Como Citar

SCHAPINSKY, Fabiane Kruetzmann; DA CRUZ, Amanda Magalhães Lopes; DE OLIVEIRA, Danilo Seródio. “UM MUNDO CHEIO DE PREÁS”: INFÂNCIA, MIGRAÇÃO E JUSTIÇA NA TRILHA DE VIDAS SECAS. REVISTA JURÍDICA GRALHA AZUL - TJPR, [S. l.], v. 1, n. 30, 2025. DOI: 10.62248/v6p2v364. Disponível em: https://revista.tjpr.jus.br/gralhaazul/article/view/237.. Acesso em: 19 ago. 2025.